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11 de fev. de 2025

Stablecoins já tornam pagamentos internacionais mais baratos – e vão transformar o mercado Brasileiro

O alto custo das transações vem menos das redes como SWIFT ou Visa e mais da intermediação do sistema financeiro. Mas a infraestrutura de stablecoins pode tornar o mercado ainda mais eficiente, especialmente em pagamentos globais.

O mito das stablecoins mais baratas nos EUA

Nos últimos anos, muitas análises compararam stablecoins com redes de pagamento tradicionais, como cartões de crédito e SWIFT, argumentando que elas são uma opção mais barata. No entanto, essa comparação nem sempre reflete a realidade — especialmente no sistema financeiro norte-americano.

A principal falha nessas comparações é confundir a taxa da rede com o custo real para o usuário final. Muitas vezes, ao analisar os custos de uma transação via Visa ou SWIFT, a percepção de que essas redes são caras vem do preço final pago pelo comerciante ou consumidor. Mas, na prática, as taxas diretas das redes são mínimas em comparação com os custos adicionados pelos intermediários.

Por exemplo, no caso de uma transação de $100 via cartão de crédito:

  • A taxa cobrada pela Visa pode ser de apenas $0,15.

  • No entanto, o comerciante pode acabar pagando até $3,20, devido a intermediários como adquirentes, bancos emissores e provedores de pagamento.

Via Simon Taylor: experiência com taxas pode variar.

A grande questão aqui é que o custo real não vem da rede em si, mas dos diferentes participantes que fazem parte da transação. Cada um desses intermediários verifica, processa, repassa e liquida os pagamentos, adicionando tarifas e complexidade ao longo do caminho.

No caso de pagamentos internacionais via SWIFT, o problema se agrava ainda mais. O SWIFT não move dinheiro diretamente — ele apenas transmite mensagens entre bancos. Mas como essas mensagens passam por diversos intermediários financeiros, cada um adiciona suas próprias verificações, tarifas e tempo de liquidação, fazendo com que um pagamento global possa levar dias e custar entre $40 e $120 por transação.

Nos EUA, redes como ACH e FedNow já oferecem baixas taxas de transação, tornando stablecoins menos atraentes para pagamentos domésticos no curto prazo. Além disso, o sistema bancário tradicional conta com forte regulamentação e regras de compliance, o que dificulta ainda mais a integração direta de stablecoins no varejo.

Por outro lado, stablecoins não são apenas uma alternativa de custo, mas sim uma nova infraestrutura financeira, que resolve muitos dos problemas causados por esses intermediários.

Stablecoins: mais do que custo, uma revolução na infraestrutura

A comparação entre stablecoins e redes como Visa ou SWIFT pode ser enganosa porque o verdadeiro impacto das stablecoins vai além da economia de taxas. O que elas fazem é criar uma nova camada de infraestrutura financeira, que pode:

  • Eliminar intermediários desnecessários – permitindo transações diretas, sem precisar de adquirentes ou bancos correspondentes.

  • Automatizar compliance e reconciliação – reduzindo o tempo e o custo das verificações manuais.

  • Oferecer uma liquidação global em tempo real – eliminando os atrasos de dias ou semanas que ocorrem em pagamentos internacionais tradicionais.

Assim como a internet transformou a forma como nos comunicamos ao criar um protocolo universal, stablecoins estão criando uma camada superior para pagamentos globais, permitindo que empresas e indivíduos transacionem diretamente, sem precisar de múltiplos intermediários bancários.

Essa mudança pode não ser tão evidente agora em um mercado como o dos EUA, onde pagamentos domésticos já são relativamente eficientes. Mas para mercados emergentes e pagamentos internacionais, a diferença já é clara – e é aí que o mercado brasileiro entra na equação.

Mas e no mercado brasileiro? A história é diferente.

Se nos EUA os custos de transação são relativamente baixos, no mercado brasileiro a realidade dos pagamentos internacionais ainda envolve barreiras significativas.

O sistema SWIFT continua sendo a principal opção para transações internacionais, e o custo pode variar de R$50 a R$200 por operação, além do spread cambial, que pode ultrapassar 4% dependendo do banco.

Esse modelo torna os pagamentos globais lentos, caros e ineficientes, especialmente para remessas, exportação/importação e pagamentos a fornecedores internacionais.

Diante desse cenário, stablecoins já representam uma alternativa mais barata e rápida para o mercado brasileiro, pois eliminam intermediários e permitem pagamentos diretos, reduzindo a dependência de bancos tradicionais.

Stablecoins vs. Pix: Quem ganha no mercado brasileiro?

Nos últimos anos, o Pix revolucionou os pagamentos locais, tornando as transações quase gratuitas e instantâneas. Isso significa que, dentro do país, stablecoins não têm uma grande vantagem competitiva no curto prazo.

No entanto, o Pix ainda não resolve pagamentos internacionais, pois depende de bancos e intermediários para realizar conversões cambiais e transferências globais. Aqui é onde stablecoins se tornam essenciais.

Comparando as duas infraestruturas:

Ou seja, stablecoins não são concorrentes do Pix, mas sim um complemento essencial para empresas que operam globalmente.

Como stablecoins já estão transformando os pagamentos no mercado brasileiro

A adoção de stablecoins no mercado brasileiro já é uma realidade, principalmente para empresas que lidam com pagamentos internacionais. Alguns exemplos incluem:

  • Remessas internacionais: Empresas e indivíduos já usam stablecoins para enviar e receber dinheiro do exterior sem passar pelo SWIFT.

  • Exportação e importação: Negócios que compram ou vendem produtos globalmente podem receber pagamentos em stablecoins e reduzir custos cambiais.

  • Pagamentos a freelancers e fornecedores: Profissionais e empresas no mercado brasileiro estão adotando stablecoins para receber pagamentos internacionais com menor custo e maior rapidez.

Além disso, startups e fintechs estão criando infraestrutura para facilitar a conversão entre BRL e stablecoins, tornando essa alternativa cada vez mais acessível.

Pagamentos internacionais acessíveis para todos

Stablecoins ainda enfrentam desafios, como regulamentação, compliance e integração com o sistema financeiro tradicional, mas a tendência global aponta para uma adoção crescente.

No mercado brasileiro, stablecoins já viabilizam pagamentos internacionais mais eficientes, mas seu potencial vai além disso. Uma ótimo outro exemplo dessa infraestrutura financeira digital é a possibilidade de acesso a rendimentos (yield) sobre stablecoins, sem a necessidade de um intermediário bancário tradicional.

Hoje, stablecoins atreladas ao dólar permitem que empresas e indivíduos possam armazenar valor e gerar rendimento de forma mais acessível, muitas vezes obtendo retornos superiores aos oferecidos por bancos locais. Esse mecanismo pode ser uma alternativa interessante para negócios que operam com margens apertadas e precisam de soluções mais eficientes para gestão de liquidez.

Se, por um lado, stablecoins já tornam os pagamentos internacionais mais rápidos e baratos, por outro, sua evolução como infraestrutura financeira programável pode transformar a forma como empresas gerenciam capital, reservas e tesouraria no longo prazo, mostrando que o espaço da integração desta tecnologia vai além dos pagamentos.

O futuro dos pagamentos não será definido pelo que é mais barato hoje, mas pelo que cria a melhor infraestrutura a longo prazo. Para empresas que desejam reduzir custos, eliminar intermediários e expandir seus negócios globalmente, o momento de explorar stablecoins é agora.

Quer entender como sua empresa pode integrar stablecoins em seus pagamentos internacionais? Entre em contato e saiba mais sobre essa nova era da infraestrutura financeira global.

Texto adaptado do artigo feito por Simon Taylor

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