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3 de jul. de 2025
Stablecoins além do hype: o que realmente está sendo construído na América Latina
Como essa tecnologia vem deixando de ser assunto de nicho para virar peça estratégica da nova infraestrutura financeira global.
Stablecoins deixaram de ser assunto de nicho para virar peça estratégica da nova infraestrutura financeira global. Mas por trás das manchetes, dos gráficos de adoção e das promessas de futuro, existe uma pergunta mais importante: quem está transformando essa tese em produto real, com casos de uso legítimos e impacto mensurável?
A resposta, cada vez mais evidente na América Latina, passa pela Lumx.
Fundada em 2022, a Lumx começou sua trajetória na criptoeconomia com iniciativas de Web3 e NFTs, mas foi justamente esse caminho inicial que preparou a empresa para algo maior.
“Percebemos que o verdadeiro valor da infraestrutura que estávamos construindo não estava em campanhas de engajamento, mas em resolver fricções financeiras reais”
conta Caio Barbosa, CEO da Lumx.
Essa mudança de chave levou a empresa por uma curva de aprendizado que incluiu tokenização de ativos reais (como tickets, imóveis e créditos de carbono) até chegar ao ponto atual: ser a camada de orquestração de pagamentos internacionais com stablecoins para empresas que operam da América Latina para o mundo.
De infraestrutura genérica à API especializada: o ajuste de foco que trouxe tração
Durante um bom tempo, a Lumx oferecia um conjunto modular de ferramentas blockchain. Era uma stack versátil, mas sem um ponto focal. “Era possível usar nossa infraestrutura para quase tudo — mas essa flexibilidade, sem um produto específico, gerava atrito. As empresas queriam soluções plug-and-play, não uma caixa de peças soltas.”
Foi no padrão de demanda que o caminho ficou claro: mais de 90% dos pedidos eram voltados a pagamentos. De freelancers a fintechs, de importadores a plataformas globais, todos queriam uma forma mais rápida, barata e estável de mover dinheiro entre países usando stablecoins.
A partir daí, a estratégia mudou: a Lumx passou a construir um produto único com foco total em pagamentos B2B com stablecoins, com APIs que integram rails locais como Pix (Brasil), SPEI (México) e transferências on-chain, suportando casos como tesouraria global, pagamento a fornecedores internacionais e liquidações.
O que diferencia a Lumx em um mar de soluções parecidas
A adoção de stablecoins atraiu uma nova leva de empresas, porém, muitas com produtos tecnicamente similares. Então, por que a Lumx conseguiu ganhar espaço nesse ambiente?
1. Compliance como infraestrutura, não como barreira.
A Lumx está em processo para se tornar um dos primeiros VASPs regulados no Brasil, e segue obtendo licenças em outras jurisdições. Mas o mais relevante é que a regulação faz parte da arquitetura do produto: auditoria automatizada, relatórios financeiros, suporte à geração de compliance interno para clientes — tudo pensado desde o código.
2. Experiência de produto além da API.
Não se trata apenas de “enviar stablecoins” de um país para outro. A Lumx criou um sistema operacional completo para empresas lidarem com sua operação global: APIs bem documentadas, integração média em 5 dias, painéis de controle acessíveis a times não técnicos, suporte a conciliação e relatórios regulatórios. Um verdadeiro OS financeiro, centrado em usabilidade.
3. Acesso direto aos trilhos certos.
Ao invés de depender de intermediários, a Lumx investe em conexão direta com rails locais e provedores de liquidez. Isso dá mais previsibilidade operacional e margem para atuar em mercados como Brasil-China, Brasil-México e Brasil-EUA, onde os desafios cambiais e de integração são mais agudos.
Esse conjunto de diferenciais atraiu parceiros estratégicos. Em 2023, o BTG Pactual entrou no captable da Lumx, reforçando a conexão entre cripto e o mercado financeiro tradicional. Em 2024, a empresa foi selecionada para o programa de aceleração da Bitso, uma das maiores plataformas da região.
Mas quais dores, exatamente, essas empresas estão resolvendo com stablecoins? E como isso se conecta à transformação da infraestrutura financeira da América Latina?
Do discurso à prática: como empresas estão usando stablecoins para operar melhor
Por muito tempo, a imagem das stablecoins esteve ligada a proteção cambial, remessas individuais e uso em mercados paralelos. Mas isso mudou. Hoje, o maior volume de stablecoins em circulação vem de operações corporativas.
A realidade no campo é clara: empresas estão trocando operações complexas e caras por soluções baseadas em stablecoins que trazem liquidez, velocidade e eficiência.
Quatro casos de uso que já estão em produção
1. Tesouraria global com stablecoins
Empresas que operam em múltiplas jurisdições precisam manter capital pré-alocado em contas locais para viabilizar pagamentos, o que é caro, ineficiente e pouco flexível. Com a infraestrutura da Lumx, companhias conseguem manter uma “tesouraria central” em stablecoins (ex: USDC), e fazer pagamentos locais apenas quando necessário. Menos contas, menos conversões, mais agilidade.
2. Importação e exportação com liquidação digital
A maior parte do mercado de câmbio brasileiro é composta por operações de comércio exterior. E quem está exportando para a Ásia, especialmente para a China, já percebeu que os fornecedores por lá aceitam e preferem stablecoins. A Lumx atua como ponte para que importadores brasileiros convertam BRL em stablecoins e façam o pagamento direto, com rastreabilidade e eficiência.
3. Fintechs B2B e cartões corporativos internacionais
Apesar do avanço do sistema bancário no Brasil, ainda há um vácuo: contas globais e cartões corporativos com saldo em dólar acessíveis. A Lumx está construindo a base para que fintechs lancem essas soluções em cima de stablecoins, oferecendo a empresas brasileiras uma maneira mais simples de operar globalmente.
4. Marketplaces, plataformas e pagamentos
Plataformas de freelancers, e-commerces e marketplaces globais enfrentam desafios com prazos e custos de liquidação. Com stablecoins integradas ao backoffice, o repasse a vendedores e prestadores de serviço acontece em minutos e com menos intermediários. A Lumx atende PSPs e processadoras interessadas em embutir stablecoins no fluxo financeiro, impactando diretamente o recebimento de quem está na ponta.
E o consumidor final? Onde entra nessa equação?
O Brasil ainda não tem a penetração visível de pagamentos em USDT que se vê na Argentina ou Venezuela. Por quê? Porque a infraestrutura local funciona. O Pix resolve, e a economia é relativamente mais estável. Mas isso não quer dizer que o uso pessoal de stablecoins não esteja crescendo.
Produtos como contas em dólar lastreadas em stablecoins, cartões pré-pagos internacionais e carteiras autônomas com rendimento têm ganhado tração entre brasileiros que viajam, trabalham com cripto ou buscam alternativas a bancos tradicionais. O caso da Litio, na Colômbia que oferece contas em COP, dólar e euro com rendimento automático via stablecoin é um exemplo do que pode se replicar por aqui.
O que vem pela frente
A Lumx está em plena execução de seu roadmap, mas já de olho em possibilidades interessantes como:
Expansão de trilhos na Ásia, especialmente China e Hong Kong, para facilitar liquidações com exportadores.
Lançamento de soluções de conta com rendimento em stablecoins, respeitando os limites regulatórios de cada mercado.
Integração de cartões e seguros sobre saldo em stablecoins, oferecendo uma experiência bancária real, mas construída sobre infraestrutura digital e autocustodial.
Mais do que surfar o hype, a Lumx escolheu o caminho mais difícil: construir infraestrutura sólida, conectada às regras, às dores e à operação de quem movimenta bilhões todos os dias.
No final do dia, o futuro dos pagamentos não vai ser definido por quem fala mais sobre blockchain, mas por quem consegue tornar seu uso invisível, confiável e eficiente.
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