Nos últimos anos, as stablecoins saíram das sombras do mundo cripto pra virar protagonistas ao redor do mundo, especialmente na América Latina, uma região marcada por desafios e oportunidades. Enquanto os Estados Unidos moldaram o mercado global de stablecoins com inovação e debates regulatórios intensos, na LATAM elas já tomaram as ruas, as carteiras digitais e os negócios – transformando como pagamos, poupamos e encaramos o futuro. O que torna essa tecnologia um divisor de águas por aqui? E como ela pode abrir portas pro seu negócio? Vamos explorar como essa tecnologia está ganhando espaço – e descobrir por que a Lumx está liderando esse caminho.
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Por que a América Latina virou território das stablecoins?
Não foi por acaso que a LATAM abraçou as stablecoins com tanta força. Em 2024, quatro países da região – Argentina, Brasil, México e Venezuela – cravaram seus nomes entre os 20 maiores no Índice Global de Adoção de Criptoativos da Chainalysis, um ranking que mede a adoção cripto mundo afora. Isso não é resultado de moda passageira; é necessidade crua, esculpida por décadas de instabilidade econômica e sistemas financeiros que deixam milhões pra trás. Vamos aos detalhes que explicam esse movimento:
Um escudo contra o colapso monetário: Na Argentina, a inflação anual atingiu 211,4% em 2023, segundo o INDEC, enquanto na Venezuela o bolívar perdeu praticamente todo seu valor desde 2013, conforme o Banco Central da Venezuela. Stablecoins como Tether (USDT) e USD Coin (USDC) tornaram-se refúgios confiáveis – um dólar digital acessível sem depender de bancos offshore.
Pagamentos internacionais sem extorsão: O sistema SWIFT impõe taxas médias de 1,5% a 2,9% (o que convertidos de dólares para as moedas locais geram um custo ainda maior) e atrasos de até cinco dias. Stablecoins eliminam esses gargalos: transações em redes EVM custam entre US$ 0,01 e US$ 1 e são concluídas em minutos. No México, 68% dos usuários cripto preferem stablecoins para remessas devido à rapidez e baixo custo, segundo a Bitso.
Inclusão financeira na palma da mão: O Banco Mundial estima que 70% dos latino-americanos possuem smartphones, mas 30% – cerca de 195 milhões de pessoas – permanecem sem conta bancária. Stablecoins transformam esses dispositivos em ferramentas financeiras. Na Colômbia, plataformas como Valiu utilizam stablecoins para pagar trabalhadores informais em áreas remotas.
Não é exagero dizer que, na América Latina, stablecoins são mais que uma ferramenta – mas uma solução dentro de um cenário econômico complexo e desafiador.
Stablecoins x Bancos
Muitos enxergam as stablecoins como uma ameaça aos bancos tradicionais, mas a realidade revela um cenário mais colaborativo. Esses ativos digitais não buscam substituir o sistema bancário; eles preenchem lacunas onde as instituições financeiras enfrentam limitações, oferecendo soluções que podem coexistir e até potencializar os serviços existentes. Veja como se comparam:
Flexibilidade operacional: Bancos operam dentro de horários comerciais e processos rígidos, enquanto stablecoins funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana. Em 2024, a Bitso reportou que 40% das transações com stablecoins na região ocorreram fora do horário bancário, atendendo a uma demanda que o sistema tradicional não cobre.
Estabilidade em cenários adversos: Em contextos de instabilidade econômica, como crises históricas na região, stablecoins como o USDC oferecem uma alternativa confiável, atrelada ao dólar e auditada por empresas.
Conexão com tecnologias emergentes: Bancos tradicionais frequentemente demoram a integrar inovações, enquanto stablecoins já operam nativamente em blockchains, facilitando a conexão com fintechs e plataformas de finanças descentralizadas. Em 2024, o Mercado Pago passou a aceitar depósitos em USDT no Brasil, um passo que bancos ainda exploram cautelosamente.
Essa relação não é de confronto, mas de sinergia. Na prática, fintechs já combinam stablecoins com serviços bancários, criando modelos híbridos que ampliam o alcance financeiro. Instituições como o Banco Azteca, que testa a aceitação de USDC em caixas eletrônicos, mostra que a colaboração pode gerar benefícios mútuos, fortalecendo o ecossistema financeiro da região.
Como as stablecoins estão sendo utilizadas?
Por aqui, as stablecoins transcendem o campo da especulação financeira e já fazem parte das operações cotidianas de indivíduos e empresas. Seu uso reflete uma resposta direta às necessidades regionais, trazendo soluções práticas e mensuráveis. Veja como elas estão sendo aplicadas:
Freelancers e trabalhadores remotos: Na Argentina, freelancers utilizam USDC para receber pagamentos internacionais, evitando taxas de conversão que podem chegar a 10%.
Pequenos negócios: Na Colômbia, comerciantes adotam stablecoins para proteger estoques da desvalorização do peso, que caiu 11,8% em 2023, segundo o Banco de la República.
Remessas internacionais: Em 2023, remessas à América Latina atingiram US$ 156 bilhões, Dessas, 30% das remessas EUA-México em 2024 usaram stablecoins, reduzindo custos de 6% para menos de 1%.
Além disso, as stablecoins mostram um enorme potencial para operações de câmbio (FX), negociações over-the-counter (OTC), bancos, corretoras e folha de pagamento (payrolls), permitindo que empresas realizem conversões instantâneas entre moedas, liquidem grandes volumes com segurança e eficiência, integrem soluções de pagamento a sistemas tradicionais e paguem colaboradores em tempo real, reduzindo custos e complexidade – um diferencial que a Lumx explora para conectar negócios a essa nova economia digital.
Oportunidades estratégicas
Neste contexto onde a digitalização financeira avança rapidamente, a tecnologia das stablecoins passam a abrir outras oportunidades, oferecendo às empresas e investidores a chance de testar e implementar outros casos de uso. Com um mercado em plena expansão e casos práticos já em curso, as oportunidades são claras e tangíveis:
Rendimentos em finanças descentralizadas: A Lemon relata que taxas de stablecoins no Aave atingiram 7,17% em 2024, superando retornos bancários tradicionais.
Tokenização de ativos reais: No Brasil, a Vitreo tokenizou R$ 50 milhões em imóveis em 2024, usando stablecoins como base.
Crescimento de mercado: O volume de stablecoins na região atingiu US$ 168 bilhões em outubro de 2024. No México, o uso de USDT cresceu 300% desde 2022.
Esses são apenas alguns exemplos que mostram como as stablecoins não são apenas um recurso técnico, mas um asset estratégico que pode impulsionar crescimento sustentável de negócios.
O mercado de stablecoins na região está em alta, com projeções de que o volume transacionado pode superar US$ 100 bilhões até 2028, impulsionado por regulações e integrações como Pix e SPEI.
Sabemos que integrar uma tecnologia nova, ainda em desenvolvimento regulatório, mesmo em um contexto de tantas oportunidades, pode ser desafiador. Por isso, em momentos como este, é essencial contar com marcas que ofereçam não apenas credibilidade, mas também uma estrutura tecnológica robusta, permitindo inovar sem receios de imprevistos. É exatamente por isso que a Lumx lidera a transformação com stablecoins. Com parcerias estratégicas, como a com o BTG Pactual, nossos serviços de orquestração ponta a ponta garantem que os clientes explorem o universo das stablecoins de forma segura e sem surpresas.