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20 de mar. de 2025
Stablecoins na América Latina
As stablecoins continuam ganhando força na América Latina devido às oportunidades e benefícios que a tecnologia pode oferecer à região.
Stablecoins na América Latina
Nos últimos anos, as stablecoins saíram das sombras do mundo cripto pra virar protagonistas ao redor do mundo, especialmente na América Latina, uma região marcada por desafios e oportunidades. Enquanto os Estados Unidos moldaram o mercado global de stablecoins com inovação e debates regulatórios intensos, na LATAM elas já tomaram as ruas, as carteiras digitais e os negócios – transformando como pagamos, poupamos e encaramos o futuro. O que torna essa tecnologia um divisor de águas por aqui? E como ela pode abrir portas pro seu negócio? Vamos explorar como essa tecnologia está ganhando espaço – e descobrir por que a Lumx está liderando esse caminho.
Por que a América Latina virou território das stablecoins?
Não foi por acaso que a LATAM abraçou as stablecoins com tanta força. Em 2024, quatro países da região – Argentina, Brasil, México e Venezuela – cravaram seus nomes entre os 20 maiores no Índice Global de Adoção de Criptoativos da Chainalysis, um ranking que mede a adoção cripto mundo afora. Isso não é resultado de moda passageira; é necessidade crua, esculpida por décadas de instabilidade econômica e sistemas financeiros que deixam milhões pra trás. Vamos aos detalhes que explicam esse movimento:
Um escudo contra o colapso monetário: Na Argentina, a inflação anual atingiu 211,4% em 2023, segundo o INDEC, enquanto na Venezuela o bolívar perdeu praticamente todo seu valor desde 2013, conforme o Banco Central da Venezuela. Stablecoins como Tether (USDT) e USD Coin (USDC) tornaram-se refúgios confiáveis – um dólar digital acessível sem depender de bancos offshore.
Pagamentos internacionais sem extorsão: O sistema SWIFT impõe taxas médias de 1,5% a 2,9% (o que convertidos de dólares para as moedas locais geram um custo ainda maior) e atrasos de até cinco dias. Stablecoins eliminam esses gargalos: transações em redes EVM custam entre US$ 0,01 e US$ 1 e são concluídas em minutos. No México, 68% dos usuários cripto preferem stablecoins para remessas devido à rapidez e baixo custo, segundo a Bitso.
Inclusão financeira na palma da mão: O Banco Mundial estima que 70% dos latino-americanos possuem smartphones, mas 30% – cerca de 195 milhões de pessoas – permanecem sem conta bancária. Stablecoins transformam esses dispositivos em ferramentas financeiras. Na Colômbia, plataformas como Valiu utilizam stablecoins para pagar trabalhadores informais em áreas remotas.
Não é exagero dizer que, na América Latina, stablecoins são mais que uma ferramenta – mas uma solução dentro de um cenário econômico complexo e desafiador.
Stablecoins x Bancos
Muitos enxergam as stablecoins como uma ameaça aos bancos tradicionais, mas a realidade revela um cenário mais colaborativo. Esses ativos digitais não buscam substituir o sistema bancário; eles preenchem lacunas onde as instituições financeiras enfrentam limitações, oferecendo soluções que podem coexistir e até potencializar os serviços existentes. Veja como se comparam:
Flexibilidade operacional: Bancos operam dentro de horários comerciais e processos rígidos, enquanto stablecoins funcionam 24 horas por dia, todos os dias da semana. Em 2024, a Bitso reportou que 40% das transações com stablecoins na região ocorreram fora do horário bancário, atendendo a uma demanda que o sistema tradicional não cobre.
Estabilidade em cenários adversos: Em contextos de instabilidade econômica, como crises históricas na região, stablecoins como o USDC oferecem uma alternativa confiável, atrelada ao dólar e auditada por empresas.
Conexão com tecnologias emergentes: Bancos tradicionais frequentemente demoram a integrar inovações, enquanto stablecoins já operam nativamente em blockchains, facilitando a conexão com fintechs e plataformas de finanças descentralizadas. Em 2024, o Mercado Pago passou a aceitar depósitos em USDT no Brasil, um passo que bancos ainda exploram cautelosamente.
Essa relação não é de confronto, mas de sinergia. Na prática, fintechs já combinam stablecoins com serviços bancários, criando modelos híbridos que ampliam o alcance financeiro. Instituições como o Banco Azteca, que testa a aceitação de USDC em caixas eletrônicos, mostra que a colaboração pode gerar benefícios mútuos, fortalecendo o ecossistema financeiro da região.
Como as stablecoins estão sendo utilizadas?
Por aqui, as stablecoins transcendem o campo da especulação financeira e já fazem parte das operações cotidianas de indivíduos e empresas. Seu uso reflete uma resposta direta às necessidades regionais, trazendo soluções práticas e mensuráveis. Veja como elas estão sendo aplicadas:
Freelancers e trabalhadores remotos: Na Argentina, freelancers utilizam USDC para receber pagamentos internacionais, evitando taxas de conversão que podem chegar a 10%.
Pequenos negócios: Na Colômbia, comerciantes adotam stablecoins para proteger estoques da desvalorização do peso, que caiu 11,8% em 2023, segundo o Banco de la República.
Remessas internacionais: Em 2023, remessas à América Latina atingiram US$ 156 bilhões, Dessas, 30% das remessas EUA-México em 2024 usaram stablecoins, reduzindo custos de 6% para menos de 1%.
Além disso, as stablecoins mostram um enorme potencial para operações de câmbio (FX), negociações over-the-counter (OTC), bancos, corretoras e folha de pagamento (payrolls), permitindo que empresas realizem conversões instantâneas entre moedas, liquidem grandes volumes com segurança e eficiência, integrem soluções de pagamento a sistemas tradicionais e paguem colaboradores em tempo real, reduzindo custos e complexidade – um diferencial que a Lumx explora para conectar negócios a essa nova economia digital.
Oportunidades estratégicas
Neste contexto onde a digitalização financeira avança rapidamente, a tecnologia das stablecoins passam a abrir outras oportunidades, oferecendo às empresas e investidores a chance de testar e implementar outros casos de uso. Com um mercado em plena expansão e casos práticos já em curso, as oportunidades são claras e tangíveis:
Rendimentos em finanças descentralizadas: A Lemon relata que taxas de stablecoins no Aave atingiram 7,17% em 2024, superando retornos bancários tradicionais.
Tokenização de ativos reais: No Brasil, a Vitreo tokenizou R$ 50 milhões em imóveis em 2024, usando stablecoins como base.
Crescimento de mercado: O volume de stablecoins na região atingiu US$ 168 bilhões em outubro de 2024. No México, o uso de USDT cresceu 300% desde 2022.
Esses são apenas alguns exemplos que mostram como as stablecoins não são apenas um recurso técnico, mas um asset estratégico que pode impulsionar crescimento sustentável de negócios.
O mercado de stablecoins na região está em alta, com projeções de que o volume transacionado pode superar US$ 100 bilhões até 2028, impulsionado por regulações e integrações como Pix e SPEI.
Sabemos que integrar uma tecnologia nova, ainda em desenvolvimento regulatório, mesmo em um contexto de tantas oportunidades, pode ser desafiador. Por isso, em momentos como este, é essencial contar com marcas que ofereçam não apenas credibilidade, mas também uma estrutura tecnológica robusta, permitindo inovar sem receios de imprevistos. É exatamente por isso que a Lumx lidera a transformação com stablecoins. Com parcerias estratégicas, como a com o BTG Pactual, nossos serviços de orquestração ponta a ponta garantem que os clientes explorem o universo das stablecoins de forma segura e sem surpresas.
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