
Stable News
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12 de jun. de 2025
Stable News: O IPO da Circle, Big Techs em movimento e a corrida pela infraestrutura de stablecoins
Um panorama sobre os principais movimentos que reforçam o avanço das stablecoins como camada institucional do sistema financeiro digital.
A Stable News é a curadoria semanal da Lumx com os principais acontecimentos sobre o ecossistema de stablecoins e seu impacto no mercado financeiro digital. Nesta edição, analisamos o sucesso do IPO da Circle e seu impacto na precificação de emissores, os sinais claros de adoção por grandes empresas de tecnologia como Apple, Google e Uber, e os avanços de Mastercard e JPMorgan em suas estratégias com stablecoins.
Tempo de leitura: 6 minutos
IPO da Circle: uma nova referência para emissores de stablecoins
A estreia da Circle na NYSE marcou um ponto de inflexão para o setor. Precificada inicialmente a US$ 31, a ação atingiu picos de US$ 138, uma valorização de mais de 345% em poucos dias. A empresa captou US$ 1,05 bilhão com a venda de 34 milhões de ações, alcançando uma capitalização diluída de US$ 8,1 bilhões.
Mais do que os números, a Circle se consolidou como a primeira emissora nativa de stablecoins a abrir capital com sucesso nos EUA, superando performances históricas de IPOs como Meta e Airbnb.
Por que isso importa:
✅ Estabelece uma métrica de mercado para emissores de stablecoins baseada em monetização, aderência regulatória e sinergia institucional.
✅ Reflete a confiança do mercado na integração entre criptoativos e finanças tradicionais.
✅ Fortalece o USDC como uma stablecoin com lastro institucional e governança robusta.
Big Techs e o avanço da infraestrutura de pagamentos com stablecoins
Segundo a Fortune, Apple, Google, X, Uber e Airbnb já estudam ou testam o uso de stablecoins para pagamentos e liquidação internacional. O Google testou pagamentos com stablecoins, Airbnb negocia com a Worldpay e o X pretende integrá-las ao X Money.
O movimento é potencializado pelo avanço do GENIUS Act no Senado dos EUA, que, mesmo enfrentando resistência, acelera a adoção de emissores regulados como Circle e Tether pelas Big Techs.
Por que isso importa:
✅ Adoção por grandes plataformas legitima stablecoins como infraestrutura transacional.
✅ Estimula parcerias entre emissores e empresas reguladas, fortalecendo a camada institucional do ecossistema.
✅ Pode redefinir o mercado de pagamentos, com stablecoins como rails financeiros globais.
Uber sinaliza estudo para adoção de stablecoins
Durante o Bloomberg Tech Summit, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, revelou que a empresa estuda o uso de stablecoins para reduzir custos operacionais e acelerar pagamentos em sua operação global.
Com presença em dezenas de países, a Uber representa um caso emblemático de potencial adoção corporativa, especialmente em mercados emergentes com maior fricção cambial.
Por que isso importa:
✅ Stablecoins podem agilizar pagamentos e reduzir custos com intermediários financeiros.
✅ O estudo marca o início de um possível ciclo de testes e integração futura.
✅ A entrada da Uber aproxima as stablecoins de casos de uso cotidianos em escala global.
Mastercard amplia presença com pagamentos em stablecoins
Em parceria com Nuvei, OKX e Circle, a Mastercard anunciou a oferta de cartões com conversão em tempo real de stablecoins para moeda fiduciária. A solução permitirá pagamentos em mais de 150 milhões de pontos de venda, tornando a experiência com cripto tão fluida quanto os meios de pagamento tradicionais.
O movimento amplia o leque de integrações da Mastercard com emissores e exchanges, consolidando sua posição como player chave na infraestrutura de stablecoins para o varejo.
Por que isso importa:
✅ Impulsiona o uso cotidiano de stablecoins, especialmente no comércio físico e digital.
✅ Reforça o USDC como ativo preferencial para casos de uso comerciais.
✅ Mostra que clareza regulatória segue como catalisador central da adoção.
JPMorgan: stablecoins no centro da estratégia institucional
O maior banco dos EUA anunciou que aceitará ETFs de cripto como garantia para empréstimos e considerará ativos digitais no cálculo de patrimônio de clientes. Em paralelo, discute com outros bancos a criação de uma stablecoin institucional, possivelmente como parte de um consórcio.
Esse reposicionamento segue a criação do JPM Coin e sinaliza um novo ciclo de integração entre bancos tradicionais e criptoativos.
Por que isso importa:
✅ Legitima os criptoativos como ativos financeiros institucionais.
✅ Indica que os bancos querem protagonismo na definição da nova infraestrutura digital.
✅ Um consórcio bancário pode criar uma alternativa de stablecoin com interoperabilidade e foco em liquidação B2B.
O ano das stablecoins institucionais?
Os movimentos desta semana reforçam uma tese que temos acompanhado de perto: stablecoins estão migrando de narrativa para infraestrutura. O IPO da Circle, os testes das Big Techs e os avanços de Mastercard e JPMorgan indicam que estamos diante da consolidação de um novo ciclo, em que as stablecoins ocupam papel central no sistema financeiro digital.
Na Lumx, seguimos atentos a essa transição, conectando inovação tecnológica às necessidades reais do mercado.
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