Estudos de caso
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16 de jan. de 2025
Orquestração de pagamentos com stablecoins
Um futuro mais eficiente para fluxos de pagamentos que já é uma realidade
As stablecoins estão transformando a maneira como pagamentos globais são realizados, prometendo transferências internacionais mais rápidas e eficientes. Porém, na prática, essas transações frequentemente dependem de moeda fiduciária em algum ponto – formando o que é conhecido como “sanduíche de stablecoin”.
Esse modelo pode reduzir dias em liquidações internacionais, mas a coordenação manual entre várias partes ainda limita sua escalabilidade. A orquestração de pagamentos surge como uma solução para superar esses desafios, especialmente no Brasil, onde a inovação em sistemas de pagamento vem abrindo caminho para transformações significativas.
Vamos explorar como o Brasil, um mercado com alta demanda por eficiência e inovação em pagamentos, pode liderar essa transformação.
Mas o que é a orquestração de pagamentos?
A orquestração de pagamentos é o processo de integrar e gerenciar diferentes etapas e provedores envolvidos em uma transação financeira em uma única camada tecnológica, tal qual um maestro que unifica melodias e instrumentos para alcançar uma perfeita harmonia. Em vez de empresas precisarem lidar com múltiplos intermediários – como bancos, provedores de liquidez e rails locais – a orquestração conecta tudo em uma interface unificada.
Com essa abordagem, é possível automatizar decisões sobre a melhor rota de pagamento (otimizando custos, velocidade e confiabilidade), monitorar cada etapa em tempo real e reduzir falhas. No Brasil, onde o sistema financeiro é dinâmico e exigente, a orquestração é essencial para simplificar a complexidade e impulsionar a eficiência
Stablecoins, agilidade acelerada em um mundo dominado pelo fiat
As stablecoins têm se destacado como uma solução poderosa para pagamentos globais, atuando como uma via rápida para liquidar pagamentos a freelancers, vendedores e fornecedores em questão de minutos. No Brasil, onde a volatilidade cambial é uma preocupação constante para empresas e indivíduos, stablecoins como o USDC ou USDT oferecem não apenas proteção contra a desvalorização do real (BRL), mas também a conveniência de transferências de baixo custo e alcance global.
Apesar de suas vantagens, o cenário atual ainda é amplamente dominado por moedas fiduciárias. No Brasil, o uso do real continua sendo indispensável para a maioria das transações locais, como pagamento de contas, compras diárias e outras despesas cotidianas. Por isso, no curto e médio prazo, o uso de stablecoins frequentemente depende de um componente fiduciário para conectar o novo paradigma digital à economia tradicional.
Essa dinâmica forma o que é conhecido como o “sanduíche de stablecoin”: as stablecoins aceleram o núcleo das transações, especialmente em transferências internacionais, mas as etapas inicial e final ainda requerem conversões para e de moedas fiduciárias.
Um futuro sendo construído para as stablecoins
À medida que a adoção de stablecoins cresce e as infraestruturas de pagamento evoluem, vislumbra-se um futuro em que as stablecoins possam se tornar um meio de pagamento completo, eliminando a necessidade de conversões para moedas fiduciárias. Nesse cenário, as pessoas poderão optar por receber, guardar e gastar diretamente em stablecoins, aproveitando sua eficiência total: disponibilidade 24/7, alcance global e custos reduzidos.
Embora ainda dependamos de moeda fiduciária para muitas transações, o potencial disruptivo das stablecoins aponta para um caminho onde as economias locais e globais poderão operar de forma mais integrada e eficiente, com pagamentos rápidos e acessíveis sem fronteiras.
O que é o sanduíche de stablecoin no contexto brasileiro?
Hoje, as stablecoins são usados para otimizar transferências internacionais, mas as entradas e saídas geralmente acontecem em moeda fiduciária. Vejamos como isso se aplica ao Brasil:
1. Remessas internacionais para o Brasil
Imagine um trabalhador brasileiro nos Estados Unidos enviando dinheiro para sua família no Brasil:
O remetente paga em dólares (USD) para um provedor de remessas local.
O provedor converte USD em stablecoins e os transfere para um parceiro no Brasil.
O parceiro no Brasil converte as stablecoins em reais (BRL) e distribui os valores diretamente para contas bancárias locais.
Esse modelo permite que o destinatário receba os fundos no mesmo dia – uma melhoria significativa em relação aos métodos tradicionais.
2. Pagamentos de marketplaces globais
Um vendedor brasileiro em uma plataforma de e-commerce internacional recebe pagamentos de compradores estrangeiros:
O pagamento é recebido em USD ou EUR pelo provedor de pagamentos do e-commerce.
O provedor converte o valor para stablecoins e os envia para um parceiro no Brasil.
O parceiro no Brasil realiza a conversão das stablecoins para BRL e faz o pagamento final diretamente ao vendedor por meio de Pix ou transferência bancária.
Esse processo elimina longas esperas e altas taxas associadas às transferências internacionais.
3. Pagamentos a fornecedores brasileiros
Uma empresa nos Estados Unidos contrata fornecedores no Brasil para serviços ou produtos:
O pagamento é realizado em USD e convertido para stablecoins por um parceiro de pagamentos.
O parceiro no Brasil converte as stablecoins para BRL e realiza o pagamento final diretamente para a conta do fornecedor no Brasil.
Esse fluxo reduz significativamente os custos de transação e acelera os prazos de pagamento, uma vantagem competitiva para fornecedores locais.
Os desafios da gestão manual no sanduíche de stablecoin
Apesar da eficiência do modelo, a execução ainda envolve múltiplos atores e etapas:
Conversão de moeda fiduciária para stablecoins.
Conversão de stablecoins para BRL.
Pagamento final via um rail local como Pix ou transferência bancária.
No Brasil, isso pode ser desafiador devido à complexidade do sistema financeiro e às exigências regulatórias. Coordenar tudo manualmente é demorado e dificulta a escalabilidade.
A solução da Lumx: orquestração de pagamentos ponta a ponta
A Lumx conta com o apoio e parceria com o BTG, maior banco de investimentos da América Latina e nosso parceiro estratégico e investidor, para mint direto de USDC e acesso a USDT e outras stablecoins. Isso nos garante não apenas as melhores taxas do mercado ao eliminar múltiplos spreads intermediários, mas também a maior liquidez, mesmo em volumes altos de transações, possibilitando a entrega de uma solução que elimina a necessidade de múltiplos intermediários, integrando todas as etapas de pagamento em uma única plataforma.
Como funciona nossa orquestração no Brasil?
Solução completa: infraestrutura de carteiras digitais inteligentes com modelos de custódia flexíveis, além de conexão direta com o BTG para prover liquidez de stablecoins e rails locais como o Pix.
Roteamento otimizado: Escolha automática das rotas mais rápidas, econômicas e confiáveis para cada transação.
Automação e visibilidade: Empresas podem executar e acompanhar pagamentos globais on demand através de poucas chamadas de API.
Essa abordagem transforma o "sanduíche de stablecoin" em um modelo fluido, escalável e acessível para empresas no Brasil.
Orquestração multi-rails: o próximo passo para pagamentos globais
Na Lumx, acreditamos que a orquestração de pagamentos com stablecoins é apenas o começo. Conosco, um modelo de orquestração multi-rails, que combina stablecoins, rails locais como o Pix e blockchains de alta velocidade para criar a melhor experiência de pagamento já é uma realidade.
Com uma única API de pagamentos, empresas podem:
Automatizar pagamentos em stablecoins e BRL.
Minimizar falhas em transações internacionais.
Garantir custos baixos e prazos curtos, tornando pagamentos transfronteiriços verdadeiramente sem fronteiras.
Se você busca escalar o uso de stablecoins e simplificar pagamentos internacionais de e para o Brasil, entre em contato conosco. Estamos prontos para transformar seus processos financeiros e levar seus pagamentos para o futuro.
Texto adaptado do artigo feito por Chris Harmse, Co-Founder @BVNK
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