O que são Stablecoins?

Stablecoins são uma classe de criptoativos projetada para oferecer estabilidade de preço ao ser lastreada por ativos de reserva, como moedas fiduciárias (dólar, euro, real) ou commodities (ouro). Diferentemente de outros criptoativos, como o Bitcoin, cujo valor pode variar significativamente em curtos períodos, as stablecoins foram criadas para reduzir a volatilidade, facilitando seu uso em transações do dia a dia e em aplicações financeiras mais amplas.

No Brasil, o uso de stablecoins tem crescido exponencialmente. Em 2024, as importações de criptoativos, incluindo stablecoins, aumentaram 60,7% até setembro, ultrapassando o total do ano anterior. Esse crescimento reflete a crescente adoção de ativos digitais no país, com stablecoins desempenhando um papel central nas transações financeiras.

Como funcionam?

Elas operam através de mecanismos específicos que garantem sua estabilidade:

• Lastro por moedas fiduciárias: Algumas stablecoins, como a USDC, têm reservas equivalentes em moeda fiduciária, o que significa que para cada unidade de stablecoin emitida, há um valor correspondente em dinheiro armazenado em bancos ou ativos seguros.

• Lastro por criptoativos: Outras são apoiadas por um conjunto de criptoativos, com reservas superiores ao valor emitido para mitigar a volatilidade.

• Algoritmos de estabilidade: Certas stablecoins utilizam algoritmos para ajustar automaticamente a oferta de moedas com base na demanda, mantendo o preço estável.

Quais são os principais tipos de Stablecoins?

• Stablecoins Fiat-backed: Lastreadas por moedas fiduciárias, como USD, EUR ou BRL. Exemplo: USDC e Tether (USDT).

• Stablecoins Crypto-backed: Lastreadas por criptoativos, como Ether (ETH). Exemplo: DAI.

• Stablecoins Algorítmicas: Dependem de algoritmos e contratos inteligentes para ajustar a oferta e demanda.

• Stablecoins Commodity-backed: Lastreadas por ativos físicos, como ouro ou petróleo.

Por que as Stablecoins são importantes?

As stablecoins desempenham um papel crucial na evolução do mercado financeiro digital e tradicional:

1. Facilitam transações internacionais: Permitem remessas rápidas e baratas entre fronteiras.

2. Atuam como ponte entre sistemas financeiros tradicionais e digitais: Facilitam a adoção de blockchain por instituições financeiras.

3. Servem como refúgio contra a volatilidade: Proporcionam segurança aos usuários que desejam manter seus ativos em criptoativos sem se expor à oscilação de preços.

No contexto brasileiro, as stablecoins têm sido amplamente adotadas para facilitar remessas internacionais e transações comerciais. Em 2024, quase 70% das transações de criptoativos no Brasil envolveram stablecoins, destacando sua relevância como uma solução prática e eficiente para transferências financeiras.

Cuidados para adoção segura das Stablecoins

As stablecoins trazem estabilidade e eficiência para o mercado financeiro, mas é importante observar alguns pontos para garantir sua adoção segura e eficaz:

1. Regulamentação em evolução: No Brasil, o Banco Central tem trabalhado para desenvolver diretrizes específicas para stablecoins, promovendo um ambiente mais seguro para sua utilização. Essa iniciativa está alinhada com o crescimento do mercado local, que tem atraído atenção global.

2. Transparência das reservas: Muitas stablecoins adotam auditorias regulares para demonstrar a solidez de suas reservas. Verificar essa transparência é fundamental para manter a confiança dos usuários e instituições.

3. Modelos de governança: As stablecoins podem variar em sua abordagem à centralização. No Brasil, elas são vistas como uma ponte eficaz para melhorar a inclusão financeira e digital no país.