Stable News

8 de abr. de 2025

Stable News: Circle, Tether e Worldcoin

Panorama global de movimentos estratégicos, regulação e novos formatos de pagamento digital

Circle, Tether e Worldcoin
Circle, Tether e Worldcoin
Circle, Tether e Worldcoin

Circle prepara seu IPO e reforça avanço do USDC

A Circle acaba de protocolar seu IPO na Bolsa de Nova York, com o ticker CRCL. A empresa revelou seus números: US$ 1,68 bilhão de receita e US$ 155 milhões de lucro líquido em 2024. O movimento vem na esteira do crescente buzz que as stablecoins têm gerado mundo afora, especialmente nos Estados Unidos, onde os debates regulatórios estão cada vez mais no centro das atenções de investidores e instituições.

Mais do que uma captação de recursos, a abertura de capital da Circle é um recado claro ao mercado: transparência e alinhamento regulatório valem tanto quanto market share. Em um cenário em que o USDT ainda lidera, mas vem perdendo espaço, com retração no último ano, o USDC ganha força institucional e se posiciona como uma das stablecoins mais compliance-first do mundo.

O IPO não deve ser visto apenas como uma forma de levantar capital. Ele carrega uma mensagem forte sobre a relevância das stablecoins como parte de uma nova infraestrutura financeira global e sobre o quanto a Circle está se preparando para ocupar uma posição central nesse cenário.

No entanto, é importante sinalizar um possível atraso a este IPO, seguido da grande turbulência econômica vivenciada nas últimas semanas devido às falas e decisões do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que têm feito diversas empresas considerarem aguardar, pelo receio da atual volatilidade do mercado.

O que o movimento sinaliza:

✅ A Circle aposta que transparência e regulação serão ativos tão valiosos quanto market share

✅ O IPO pode destravar novas parcerias e consolidar o USDC como referência em pagamentos institucionais

✅ O mercado começa a separar quem está construindo para durar de quem só lidera por inércia

Tether pode lançar nova stablecoin para escapar da regulação americana

Enquanto a Circle mira a NYSE, a Tether segue em uma rota diferente e mais desafiadora. Os projetos STABLE e GENIUS Acts, em tramitação nos EUA, preveem que emissores como a Tether fiquem fora do escopo regulatório obrigatório por até dois anos. Essa exclusão não foi por acaso: a Tether não quer se submeter à supervisão direta e, segundo seu CEO, Paolo Ardoino, já cogita lançar uma nova stablecoin regulada caso seja empurrada para fora do mercado americano.

É um contraste claro com a postura da Circle e uma sucessão de desafios para a Tether, que já foi delistada do mercado europeu devido à regulamentação do MiCA. Dito isso, a Tether continua apostando em sua dominância global, mas a tendência pode ser de que mercados mais regulados comecem a fechar o cerco ao USDT, que ainda representa 62% do market cap e 75% do volume em CEXs (apesar de estar sofrendo uma retração que você verá logo abaixo).

Se confirmada a criação de uma nova moeda, a Tether pode fragmentar seu próprio portfólio para se manter presente nos EUA. E isso pode abrir espaço para novos emissores mais alinhados com regras locais, inclusive stablecoins bancárias, estaduais ou ligadas a grandes nomes como PayPal e Visa.

O que fica no ar:

✅ A Tether parece disposta a se fragmentar para se manter relevante em mercados regulados

✅ A lacuna aberta nos EUA pode acelerar a entrada de novos players mais alinhados à supervisão

✅ Estamos vendo o início de uma regionalização das stablecoins, com emissores distintos para contextos distintos

Metamask Card chega à Argentina

Em uma movimentação que reforça o papel da América Latina como laboratório de uso real, a ConsenSys lançou oficialmente o Metamask Card na Argentina, produto que já está no Brasil desde dezembro de 2024. Trata-se de um cartão físico que permite pagamentos em qualquer lugar que aceite Mastercard, com os fundos vindo direto da sua carteira Metamask.

Essa integração entre Web3 e o mundo físico é um dos caminhos mais promissores para as stablecoins ganharem uso cotidiano. Nada de câmbio, nada de contas em bancos tradicionais. Tudo direto da blockchain para a maquininha.

Em regiões com moedas instáveis e baixa bancarização, como a Argentina, a proposta é quase irresistível: um cartão que te dá acesso ao dólar digital sem precisar de conta em banco. E aqui vale observar: o cartão da Metamask é apenas o começo de uma nova leva de soluções híbridas entre cripto e sistema tradicional. A verdadeira adoção pode estar justamente aí, na invisibilidade da blockchain.

E sobre isso, nosso CEO Caio Barbosa conversou brevemente com Daniel Lynch, responsável pelo lançamento, compartilhando em primeira mão algumas informações (e spoilers) com quem já o acompanha. O vídeo da conversa pode ser acessado clicando aqui.

Por que isso importa:

✅ A América Latina segue como vitrine global de usos reais para cripto

✅ Quando o blockchain “desaparece” da interface, a adoção se acelera

✅ Cartões como o da Metamask mostram que stablecoins já estão prontas para o dia a dia, onde só faltava uma ponte

Worldcoin + Visa

A World Network, infraestrutura blockchain por trás do projeto Worldcoin fundado por Sam Altman (OpenAI), está trabalhando em uma integração com a Visa. A ideia é simples: permitir que a carteira da Worldcoin, hoje usada principalmente para identificação biométrica (World ID), se torne também um meio de pagamento com stablecoins aceito em qualquer lugar que já aceite Visa.

Se confirmada, essa integração representa um salto para o conceito de identidade financeira global: uma única carteira, ligada à sua identidade biométrica, com acesso a pagamentos internacionais instantâneos.

Claro, o projeto ainda enfrenta resistências sérias no que diz respeito à privacidade e ao uso de dados sensíveis. Mas se conseguir resolver essa equação, a Worldcoin pode ser o primeiro caso real onde identidade digital, stablecoins e pagamentos globais convergem em escala massiva. E com Visa no jogo, o alcance deixa de ser um problema.

O que vale observar:

✅ Visa entra como multiplicador de escala

✅ O combo identidade + stablecoin é uma narrativa poderosa

✅ O desafio agora é equilibrar inovação com privacidade

(via BBC)

Panorama global das stablecoins — março/2025

Fechamos esta edição com os dados mais recentes do Stablecoins Report da CoinDesk. A seguir, os destaques do cenário global:

  • O market cap total subiu 3,62%, alcançando US$ 231 bi — o 18º mês consecutivo de alta

  • O USDT continua dominante, mas em queda: 62,1% do market cap (menor nível desde 2023) e 75,5% dos volumes em CEXs

  • O USDC cresceu 7,37% no mês, atingindo US$ 59,7 bi — novo recorde para a stablecoin da Circle

  • A USDtb da Ethena (lastreada em BUIDL da BlackRock) cresceu 1.219% no mês e entrou no top 10 global

  • Stablecoins de ouro como XAUT e PAXG bateram US$ 1,4 bi em capitalização, impulsionadas pela alta do metal

Em números e sinais:

✅ Stablecoins seguem crescendo mês após mês, ganhando sofisticação com novos modelos

✅ O USDC se fortalece enquanto o USDT começa a escorregar, como vimos ao longo desta edição

✅ A tokenização avança com força institucional, puxada por nomes como BlackRock, Circle e PayPal

O avanço da regulação e a urgência de se preparar

Nas últimas semanas, uma pergunta tem surgido com frequência em conversas com lideranças de fintechs, bancos e empresas de infraestrutura: como navegar o cenário regulatório das stablecoins com segurança, sem travar a operação?

A pressão por clareza cresceu à medida que regulações como o MiCA na Europa começaram a sair do papel, e projetos de lei nos EUA como o STABLE e o GENIUS Act ganharam tração. No Brasil, ainda estamos em um estágio anterior, mas com sinais de que a regulação se aproxima, por meio das consultas públicas e da atuação do Banco Central no rascunho regulatório.

As dúvidas mais comuns não são teóricas. Elas impactam decisões concretas, como modelagem de produto, riscos fiscais, adaptação de tesourarias e comunicação com reguladores.

Foi pensando nisso que criamos na Lumx uma série de três encontros online, com foco em lideranças que estão diretamente envolvidas nas primeiras operações com stablecoins no Brasil, EUA, Europa e América Latina.

O que preparamos:

  • Três encontros entre os dias 22 e 24 de abril, sempre das 19h às 21h (horário de Brasília)

  • Conversas práticas com quem está operando ou regulando stablecoins nos principais mercados do mundo

  • Espaço reservado para lideranças de fintechs, bancos, áreas jurídicas, compliance e tesouraria

As vagas são limitadas. Para participar, basta se inscrever aqui: https://lu.ma/upktqo3g

Agradecemos a sua leitura até aqui. Nos vemos na próxima edição.

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